“Porque a todos é concedido ver,
mas a poucos é dado perceber.
Todos veem o que tu aparentas ser,
poucos percebem aquilo que tu és.”
Sim, trago em mim essa mania estranha
De [re]criar pessoas a meu bel prazer.
Vejo-as coloridas, ou desbotadas
Entrego-lhes risos ou lágrimas
Que nem sempre estão a mostra
Mas que sinto.
Sim, tenho essa percepção louca
Converso com o silêncio das pessoas
Não raro, é quando elas mais falam.
Daí esse jeito destemperado
Meio curioso, meio desconfiado
De olhar de soslaio
De ficar cabisbaixo
ou sorrir de lado.
São as cores do outro me contagiando,
Seus silêncios conversando comigo
E eu, essa estranha, meio boba
Sempre procurando abrigo.
Olha que sorte a tua: abrigo rima com amigo. Hum? Hum? Hum?
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🙂 Sempre bem vindos! O amigo e a boa rima.
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Sou eu ali em seus versos, percebeu? rs
Bacio
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Encontramo-nos! rs
Beijo.
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A nossa percepção do outro descrita em versos; muito original!
Gostei da imagem que quase “engloba” o outro no que nós próprios somos…
Parabéns!
Abraço.
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Obrigada pelo olhar, Dulce.
Fico feliz por ter percebido o pensamento.
Seja bem vinda, sempre.
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E o que seria o outro diante de nós senão, justamente, o fruto de cada uma das nossas percepções?
Você me ensina isso lindamente, por palavras e gestos… O quanto é importante perceber o outro antes de adentrar seu mundo – e principalmente antes de julgá-lo.
Amei!
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T(L)er uma alma (como a sua) de tamanha ressonância poética é uma dádiva! Quão emocionante e gratificante foi ler este texto! Obrigado, por essa partilha de sentimentos!
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Republicou isso em Alumbres Poéticos.
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Li outra vez e me emocionei diferente. Sua escrita nos toca de modo diferente cada vez que chega
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Feliz em saber da sua visita! Bem vindo sempre!
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